A entrada da chamada geração Y (ou geração de "nativos digitais") no mercado de trabalho vai provocar mudanças na forma como as empresas se relacionam com fornecedores, consumidores e funcionários.
Ione Coco, vice-presidente do Gartner para a América Latina, ressaltou, em palestra no Festival de Tecnologia de Petrópolis, que em dez anos os nativos digitais ocuparão postos de liderança nas empresas e, então, terão poder de decisão sobre as práticas empresariais. "A empresa deixará de ser ativa e passará a ser interativa", disse Ione.
Na visão do Gartner, até 2015, as pessoas gastarão 80% de seu tempo trabalhando em colaboração (leia previsão até 2012). E essa é uma das fortes características dos nativos digitais que não vêm sendo atendidas pelas corporações. "Será que não estamos castrando esses jovens que chegam com vontade de inovar?", provoca Ione.
Algumas empresas parecem já ter percebido o problema. "A empresa tem muita gente nova. Cerca de 40% do pessoal é recém-contratado e essa turma demanda internamente o que está acostumado a usar em casa, mas encontra um ambiente conservador. Porém, o mercado já acordou e estamos começando a olhar para isso [ferramentas de web 2.0]", conta Marcelo Estellita, gerente de TI da Petrobras.
Para Ione, um dos fatores que levam à carência de mão-de-obra na área de tecnologia é que os jovens desistem dos cursos superiores na metade da graduação porque acham que há matemática demais.
Na maior parte das empresas, a situação "engessada" continua, especialmente nos aspectos gerenciais. "Quem mais tem de mudar para se adaptar a essa nova realidade é o RH. Essa geração quer que suas idéias sejam ouvidas e valorizadas", ressalta Ione, lembrando que os integrantes da geração Y não acreditam em comunicação "top-down" e não respeitam autoritarismo. "Para ser um líder de longo prazo, você precisa interagir com sua equipe e fazer com que eles o admirem", finaliza.
Créditos: Computerworld
Obrigada pela visita icaro... te adicionei no msn
ResponderExcluirbju