Empresários brasileiros devem proteger seu capital intelectual
É crescente o número de pequenas e médias empresas (PMEs) que buscam ou são alvos de grupos de investidores nacionais e estrangeiros de private equity. Levantamentos apontam que o Brasil conta com cerca de 80 gestores e 150 fundos deste tipo, que este ano devem superar os US$ 4 bilhões investidos no ano passado no país.
Para receber este tipo de investimentos, as PMEs precisam estar preparadas sob diversos aspectos, como ter processos de governança corporativa, sistemas de controle e auditoria implantados. Outro ponto muito importante e ainda pouco valorizado pelo pequeno é médio empresário brasileiro é a proteção do seu capital intelectual.
"Muitas vezes, o capital intelectual é o maior patrimônio de uma companhia. Por desconhecerem as formas de proteção e valorização deste ativo, há empresas que deixam de ganhar dinheiro em transações de venda", alerta Cecília Manara, advogada da Manara & Associados, escritório especializado em Propriedade Intelectual.
A especialista explica que empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, por exemplo, ao proteger sua propriedade intelectual têm mais chances de ter este investimento remunerado em casos de venda. Além disso, alguns investidores podem considerar imprescindível para a realização de aportes de capital a proteção da propriedade intelectual de empresas atuando em certos setores econômicos.
De acordo Cecília Manara, diversos itens compõem o patrimônio intangível de uma empresa, como patentes de invenção e inovação, registro de direitos autorais, pesquisas, recursos humanos e o mais importante e, em geral, o mais valioso: a marca.
"Aconselho que os empresários que tenham qualquer um destes tipos de capital procurem um especialista que possa auxiliá-lo na mensuração e proteção do mesmo e assim possam aumentar o valor do seu negócio", finaliza.
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