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Hipócrita? Eu?


Somos todos hipócritas!

Não me hesito em começar fazendo uma afirmação tão forte. Todos nós, sem exceção, cultivamos dentro de nós um lado tortuoso que faz parte da nossa composição, porém mais aflorado em uns e adormecido em outros. Atire a primeira pedra quem nunca deu aquela risadinha quando presenciou alguém escorregando e caindo ao chão, ou aquele que nunca perdeu seu tempo falando da vida alheia, a qual não lhe convinha.

A palavra hipocrisia vem do latim hypocrisis e do grego hupokrisis, e ambas possuem o mesmo significado: ATOR! Então a pessoa hipócrita é aquela que finge ser aquilo que não é, insinua ter aquilo que não tem, finge crer naquilo que não crê.

Para falarmos de hipocrisia, nada melhor que analisando o cotidiano. Temos a famosa figura da mãe ou do pai que adora cuidar da vida dos filhos dos outros, e quando percebem, serão avós. Ou então aquela do religioso fervoroso, que vive dentro da igreja, mas que fora é uma contradição cristã. Quem aí se lembra daquele que adora fazer piadas, mas não admite uma sequer consigo próprio? São alguns dos inúmeros exemplos de que todos nós temos os pés de barro.

No trabalho, adotamos falsas aparências visando ganhar confiança para subir de cargo, aumentar salário ou ganhar simpatia. Quando somos questionados sobre o serviço de um colega, sempre damos um jeito de elogiar colocando uma vírgula. Sempre faríamos melhor o que tal ou tal pessoa faz.

Na religião, a hipocrisia aparece quando se doa o dízimo por obrigação, quando se diz sentir a presença de Deus enquanto o que se sente é mera emoção, quando se fecha os olhos para se mostrar espiritualizado, quando se finge ouvir o que o líder diz enquanto observa e comenta sobre o cabelo de alguém logo à frente. Quando se defende a ferro e fogo aquilo que a instituição prega enquanto suas atitudes se desviam por um caminho completamente diferente.

Com nosso próprio íntimo, somos hipócritas quando compramos um celular caríssimo e dividimos em 10x para fingir ao mundo que temos dinheiro. Quando dizemos amar alguém enquanto o que sentimos é afeição. Quando sabemos que uma ou outra atitude não é de nossa essência, mas fazemos mesmo assim para atingir algum interesse.

O pensador inglês Thomas Robbes, escreveu em seu livro Leviatã, que o homem é o lobo do próprio homem ("Homo homini lupus"). Isso quer dizer que travamos uma luta contra nós mesmos, nos devorando diariamente. Sentamos sobre nossos defeitos para apontar os defeitos dos outros. O velho ditado é certo quando diz que quando apontamos um dedo para alguém, três são apontados para nós mesmos. Todos somos suscetíveis ao erro, à inquisição. O bom senso é bom na hora de cuidar daquilo que não nos cabe. Reforçando a minha afirmação, todos nós somos hipócritas, mas isso não quer dizer que a hipocrisia seja normal nas nossas relações.


Créditos: Camilla Rabelo, autora do blog Devaneios, sonhos e loucuras e colunista do Paracatu, onde fora feito o post deste texto, veja o original.

Ela no Twiiter (@Camillanr)
Eu no Twiiter (@IcaroQ)

Comentários

  1. Adorei esse post. Se tem uma coisa que odeio é a hipocrisia. Mas vc tem razão, acaba que todo mundo pratica um pouco disso em situações na vida. Muitas vezes em nome da ética e da diplomacia somos verdadeiros hipócritas!! Acho que somente as crianças são sinceras, as vezes ate cruéis de tanta sinceridade. Será que dá pra viver sem nunca fingir? Acho difícil, em nome da educação. Agora, não aceito o hipócrita que aponta os erros dos outros com seus dedos sujos! Que finge amizade e mete o pau pelas costas. Que condena o próximo por determinado comportamento e depois age igual ou pior.

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