Não são poucas as vantagens de exercer um cargo público. A começar pelos bons salários, dependendo do nível exigido no concurso, pela estabilidade e pela aposentadoria diferenciada. Mesmo assim, deve-se lembrar que, nem sempre, se trata da melhor solução.
A aposentadoria diferenciada é um dos principais atrativos do funcionalismo. Enquanto profissionais da iniciativa privada não podem receber mais do que o teto do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) após se aposentarem, mesmo que antes tivessem um salário de R$ 10 mil, funcionários públicos recebem a média dos seus salários. Isso significa que eles não têm uma preocupação que é recorrente entre os demais: o sustento de um plano de previdência privada.
"O funcionário público ganha ainda com a função comissionada - quando adquire algum cargo de chefia. Dependendo do caso, seus ganhos podem dobrar", lembra La Bradbury. "Por isso, vale a pena toda dedicação, esforço e disciplina do candidato para passar em um concurso público".
Você faz o que gosta?
Para o sócio da consultoria de processos seletivos Steer Recursos Humanos, Ivan Witt, a remuneração dos cargos públicos é de fato bastante atrativa nos dias de hoje. O motivo é que os pisos salariais são definidos por lei e respeitados. No entanto, ele adverte: "Se é isso que o indivíduo busca, a solução é válida, mas, caso ele tenha sempre sonhado em ser um cirurgião-dentista, não deveria entrar para a carreira pública, apesar das dificuldades de sua área. Poderá se tornar um profissional frustrado".
Além disso, o mundo das empresas públicas não é exatamente perfeito. Há cargos que exigem sacrifícios ímpares, como o de promotor. Há outros em que o profissional precisa trabalhar nos finais de semana e feriados. "A questão deve ser muito bem pensada", alerta Witt.
O professor do ISSO Concursos diz que "ninguém está estimulando um mercenário", que busca a carreira pública pura e simplesmente por conta do dinheiro. "Tem que fazer o que gosta, caso contrário, será infeliz", garante. "Por isso, antes de prestar algum concurso, recomendo que converse com alguém que já exerça o cargo".
"Mas muita gente entra atraída pelo salário e acaba se apaixonando pela profissão. Quem entra no ramo do Direito, por exemplo, acaba se identificando porque percebe que a atividade desempenhada é importante. É uma questão de cidadania", afirma La Bradbury, que já viu isso acontecer algumas vezes.
O sonho de servir à sociedade
Witt sublinha que há quem sonhe com o funcionalismo. Não por conta do dinheiro, mas pelo desejo de servir à sociedade. "Conheço pessoas que, desde a época da faculdade, sempre quiseram servir à causa pública".
Porém, ele lembra que, não raro, as pessoas associam a carreira pública com a corrupção e o mau uso do dinheiro público. "A imagem do funcionalismo é negativa".
Questionado se o motivo não é o mau atendimento dispensado por funcionários públicos, Witt diz que a situação não difere da protagonizada pela iniciativa privada. Segundo ele, há profissionais insatisfeitos, com a remuneração ou a atividade desempenhada, por exemplo. Mas não é um privilégio do funcionalismo. Também tem muita gente insatisfeita nas empresas privadas.
"Mas a maioria das pessoas que conheço que estão em órgãos públicos são gente muito competente e compromissada com o dever de atender ao público. Muitos profissionais abraçam a carreira pública porque têm um propósito: servir ao País".
Dicas
Caso esteja decidido a seguir a carreira pública, a dica do professor do ISSO Concursos é analisar o conteúdo da prova no edital. Ele acredita que, para quem está iniciando, é importante fazer cursinho, para pegar as dicas de cada matéria e de como estudar. "É difícil, porque as matérias são inúmeras. Com a ajuda do professor do cursinho, o aluno foca em algumas delas, que provavelmente irão cair".
La Bradbury lembra que, geralmente, somente três instituições examinadoras elaboram as provas, o que facilita a escolha do que se deve estudar. "Cada uma das instituições tem um estilo, um perfil de prova", garante. É importante ainda fazer simulados de provas, para se acostumar. Por fim, ele recomenda não desistir, participar de concursos até passar. "A cada reprovação, o candidato adquire mais experiência".
A aposentadoria diferenciada é um dos principais atrativos do funcionalismo. Enquanto profissionais da iniciativa privada não podem receber mais do que o teto do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) após se aposentarem, mesmo que antes tivessem um salário de R$ 10 mil, funcionários públicos recebem a média dos seus salários. Isso significa que eles não têm uma preocupação que é recorrente entre os demais: o sustento de um plano de previdência privada.
"O funcionário público ganha ainda com a função comissionada - quando adquire algum cargo de chefia. Dependendo do caso, seus ganhos podem dobrar", lembra La Bradbury. "Por isso, vale a pena toda dedicação, esforço e disciplina do candidato para passar em um concurso público".
Você faz o que gosta?
Para o sócio da consultoria de processos seletivos Steer Recursos Humanos, Ivan Witt, a remuneração dos cargos públicos é de fato bastante atrativa nos dias de hoje. O motivo é que os pisos salariais são definidos por lei e respeitados. No entanto, ele adverte: "Se é isso que o indivíduo busca, a solução é válida, mas, caso ele tenha sempre sonhado em ser um cirurgião-dentista, não deveria entrar para a carreira pública, apesar das dificuldades de sua área. Poderá se tornar um profissional frustrado".
Além disso, o mundo das empresas públicas não é exatamente perfeito. Há cargos que exigem sacrifícios ímpares, como o de promotor. Há outros em que o profissional precisa trabalhar nos finais de semana e feriados. "A questão deve ser muito bem pensada", alerta Witt.
O professor do ISSO Concursos diz que "ninguém está estimulando um mercenário", que busca a carreira pública pura e simplesmente por conta do dinheiro. "Tem que fazer o que gosta, caso contrário, será infeliz", garante. "Por isso, antes de prestar algum concurso, recomendo que converse com alguém que já exerça o cargo".
"Mas muita gente entra atraída pelo salário e acaba se apaixonando pela profissão. Quem entra no ramo do Direito, por exemplo, acaba se identificando porque percebe que a atividade desempenhada é importante. É uma questão de cidadania", afirma La Bradbury, que já viu isso acontecer algumas vezes.
O sonho de servir à sociedade
Witt sublinha que há quem sonhe com o funcionalismo. Não por conta do dinheiro, mas pelo desejo de servir à sociedade. "Conheço pessoas que, desde a época da faculdade, sempre quiseram servir à causa pública".
Porém, ele lembra que, não raro, as pessoas associam a carreira pública com a corrupção e o mau uso do dinheiro público. "A imagem do funcionalismo é negativa".
Questionado se o motivo não é o mau atendimento dispensado por funcionários públicos, Witt diz que a situação não difere da protagonizada pela iniciativa privada. Segundo ele, há profissionais insatisfeitos, com a remuneração ou a atividade desempenhada, por exemplo. Mas não é um privilégio do funcionalismo. Também tem muita gente insatisfeita nas empresas privadas.
"Mas a maioria das pessoas que conheço que estão em órgãos públicos são gente muito competente e compromissada com o dever de atender ao público. Muitos profissionais abraçam a carreira pública porque têm um propósito: servir ao País".
Dicas
Caso esteja decidido a seguir a carreira pública, a dica do professor do ISSO Concursos é analisar o conteúdo da prova no edital. Ele acredita que, para quem está iniciando, é importante fazer cursinho, para pegar as dicas de cada matéria e de como estudar. "É difícil, porque as matérias são inúmeras. Com a ajuda do professor do cursinho, o aluno foca em algumas delas, que provavelmente irão cair".
La Bradbury lembra que, geralmente, somente três instituições examinadoras elaboram as provas, o que facilita a escolha do que se deve estudar. "Cada uma das instituições tem um estilo, um perfil de prova", garante. É importante ainda fazer simulados de provas, para se acostumar. Por fim, ele recomenda não desistir, participar de concursos até passar. "A cada reprovação, o candidato adquire mais experiência".
É isso, se você tiver sido aprovado em algum concurso e esteja na dúvida. Fica a dica: Acredito que é muito mais fácil ingressar e/ou retornar para uma empresa privada, do que passar num novo concurso, eles estão cada vez mais concorridos. E finalmente quem pergunta, o que é mais interessante, a estabilidade ou a gangorra corporativa? No íntimo já sabe que prefere a estabilidade.
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